#CartaDoTemer

Origem

Em uma carta enviada à presidente da república Dilma Roussef, em 07 de dezembro de 2015, o vice-presidente Michel Temer demonstrou seu descontentamento com a chefe do Poder Executivo. A correspondência, vazada por fontes não identificadas, chamou atenção pelo caráter “pessoal e intransferível” de seu conteúdo, na qual o político do PMDB reclamava não somente da situação política do país, mas da falta de atenção que o Partido dos Trabalhadores dispensava a si e aos seus aliados políticos.

Em questão de horas, o texto ganhou repercussão nacional, movimentando, sobretudo, a internet e as redes sociais. Após citar 11 episódios no qual diz ter sido menosprezado pelo governo, o queixume foi responsável pela produção de milhares de publicações com caráter memético na rede mundial de computadores.

Gênero e Formatos

Vão desde comentários sobre o fato (adaptados a iconografias da cultura pop) – seriados televisivos, como “House of Cards” e “Chaves”, por exemplo, causando o efeito cômico – à modalidade conhecida como snowclone, tipologia que trabalha fórmulas textuais conhecidas pelo público, adaptando-as ao contexto dos fatos e imagens padrão.

Gramática e Sintaxe

Tradicionais image macros, com tipografia “Impact" branca e “outline" preta. Outros memes, do tipo “amador", realizaram adaptações no conteúdo, que passou a utilizar imagens e frases de contextos e sensos de humor próprios de um público.

Difusão e Repercussão

A carta do vice-presidente foi mal vista junto à audiência. Os meios de comunicação convencionais a criticaram duramente, o que foi considerado por muitos como “fisiologismo” representado pela escrita do presidente do PMDB. O mundo virtual, por sua vez, não deixou o fato passar em branco.

No Facebook o assunto obteve bastante comoção em seu ápice. Entretanto, a maior parte das páginas criadas sobre o tema e que foram verificadas até a presente data, contam com menos de 500 adesões e postagens realizadas até o dia 10 de dezembro de 2015.

Já no Twitter, o assunto alcançou os primeiros lugares entre os mais comentados no país, à época dos acontecimentos. A conta @CartaDoTemer, de onde uma parcela dos veículos tradicionais de mídia retiraram suas menções sobre a história do “mimimi vice-presidencial” na rede, possui cerca de 2.500 seguidores e em sua breve atividade (com última postagem em 08 de dezembro de 2015) emitiu 121 pronunciamentos (até a presente data).

A hashtag #cartadotemer teve alguma repercussão nos momentos próximos ao evento. O assunto também esgotou-se brevemente e vídeos, imagens e paródias foram criados por alguns canais e websites estabelecidos.

Uma característica marcante do evento/meme #cartadotemer foi sua efemeridade. Grande parte das pesquisas sobre o material encontrado data os arquivos de um período que cobre aproximadamente 3 dias da ocorrência do episódio e sua divulgação ao grande público. O Google Trends confirma o interesse passadiço acerca da ocorrência quando observamos a busca por Michel Temer em período não eleitoral.

Momentâneo, o meme #cartadotemer assumiu, hoje, caráter meramente decorativo na rede.

Ficha técnica

#CartaDoTemer

Criador(a)
Desconhecido
País de Origem
Brasil
Período de Circulação
2015
Plataforma
Blogs, Facebook, Instagram, Tumblr, Twitter, Whatsapp, YouTube
Formatos
Hashtag, Image macro, Snowclone
Mídia
Imagem
Referências

Exemplos Notáveis

Sobre o(a) curador(a) desta coleção
Rafael Polêmico
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Rafael Polêmico
About / Bio
Um currículo? Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Mídia e Cotidiano pela Universidade Federal Fluminense, bacharel em Direito com complementação em Empreendedorismo e Inovação, graduando em Arquivologia, voluntário do projeto #MUSEUdeMEMES. Uma cor? Azul. Uma atriz? Fernanda Montenegro. Um cantor? Roberto Carlos. Um exemplo? Jesus Cristo. E Ivete. Vida? Deus. Deus? Vida. Vivi ou Gracy? Belo. Uma frase? Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim. Um museu? De memes. Esse é Rafael Polêmico.
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